Nascida na época glaciar, a serra mais alta de Portugal continental tem uma beleza única.
Fiz uma viagem à Serra da Estrela, numa escapadinha de fim-de-semana, e só tenho a dizer-vos que adorei. O tempo passou a voar e queria muito aproveitar cada minuto e ver e fazer o máximo de coisas possível.
Foi incrível, mas confesso que também foi cansativo! Mas comigo é sempre assim… viajar é para conhecer, aprender, explorar e relaxar só se sobrar tempo.
Este post não é um guia de viagem, mas quero deixar-vos a minha opinião e, se decidirem dar um saltinho à serra, podem “copiar” algumas destas ideias.
Como fui
Simples… De carro! É a melhor forma de circular pela Serra da Estrela. Desta forma, pude visitar vários locais, sem qualquer dificuldade no acesso.
Onde dormi
Existem várias opções mesmo no coração da Serra, no entanto, eu preferi ficar num local mais citadino. Escolhi o Puralã – Wool Valley Hotel & SPA, um Boutique & Lifestyle Hotel, localizado no centro da Covilhã. Um hotel lindíssimo e com um ambiente muito acolhedor que convida ao relaxamento.
Como planeei
Gosto muito de planear as minhas viagens e sair de casa já com um roteiro definido. Mas, desta vez, aventurei-me sem qualquer plano. Limitei-me a agarrar nas malas e ir. O plano foi elaborado ao longo da viagem.
1º Dia - Sábado
Saí de casa pelas 09:30 da manhã (estava previsto sair pelas 08:30, mas não seria eu se não houvesse um ‘pequeno atraso’ em dias de viagem). Como era uma viagem para a neve, havia muitos casacos e botas para fechar dentro da mala.
Depois de me fazer à estrada, só parei mesmo em Seia.
Em primeiro lugar, fui visitar o Museu do Brinquedo. Além de poder recordar os brinquedos da minha infância, pude conhecer brinquedos de várias partes do mundo.
Ao adquirir o bilhete para este Museu, foi-me dado a conhecer a existência de mais dois Museus – CISE (Centro de Interpretação da Serra da Estrela) e o Museu Natural da Eletricidade. Por apenas 7.50 € é possível visitar estes três Museus. E acreditem… vale mesmo a pena!
Depois do almoço, (um delicioso piquenique enquanto apreciava a vida em Seia), fui visitar o fascinante CISE (Centro de Interpretação da Serra da Estrela). A visita a este Museu é quase que obrigatória para quem quer explorar a serra, conhecer todos os seus ecossistemas e as suas maravilhas naturais.
Se já sentia curiosidade antes, após esta visita fiquei “em pulgas” para me “atirar pela serra dentro”. E assim fiz…
Primeira paragem: Lagoa comprida – uma barragem construída a partir de uma lagoa natural. Paisagem deslumbrante, onde se pode apreciar a fauna, a flora e o sossego da serra.
Segunda paragem: Torre – símbolo do ponto mais alto de Portugal continental. Aqui localizam-se as estâncias de ski e foi onde me aventurei… no Sku!
Bem, se não conheces a definição de Sku, ficas agora a conhecer… é aquele desporto fantástico para quem tem receio do Ski.
Vê aqui o vídeo do Sku.
Terceira paragem: Covão D’ametade: parece um local saído de um conto de fadas. É uma depressão de origem glaciar, arborizada com vidoeiros ao longo do rio Zêzere. É aqui que este rio, que nasce a poucos metros da Torre, começa a ganhar mais caudal.
Com o sol já a pôr-se, decidi fazer a viagem para o hotel, atravessando o Vale do rio Zêzere, um dos maiores vales glaciares da Europa, com paisagens fascinantes. Uma verdadeira dádiva da natureza.
E como o cansaço já se começava a fazer sentir, decidi ficar pelo hotel nessa noite. O jantar foi no restaurante do hotel, com refeições buffet e à la carte. Atendimento excelente, comida deliciosa e com direito a música ao vivo.
Segundo dia: domingo
Domingo é sinónimo de descanso e relaxamento e no Puralã – Wool Valley Hotel & SPA temos também acesso a algo maravilho: o Natura Clube & Spa: piscina interior, sauna, jacuzzi, ginásio, salas de massagens e squash.
Depois de um pequeno-almoço bem nutritivo (e um pouco guloso também), mergulhei naquela piscina azul, quentinha e relaxante, com uma vista espetacular para os jardins do hotel.
Como devem imaginar, aproveitei esta estadia até ao último minuto.
O objetivo no domingo era apenas visitar o Museu Natural da Eletricidade e o Museu do Pão, antes de regressar a casa.
E assim foi… Atravessei a serra até Seia e visitei, em primeiro lugar, o Museu Natural da Eletricidade, o que foi uma agradável surpresa. Umas das mais antigas centrais hidroelétricas de Portugal, que mostra de uma forma muito lúdica e interativa todos os processos para a produção de energia. Tal como nos outros dois museus, a visita foi sempre guiada por profissionais super simpáticos e prestáveis.
E já com a “barriga a dar horas”, só conseguia pensar no almoço e no Museu do Pão.
Este, por sua vez, é um Museu privado que conta toda a história e ciclo do pão. Além das exposições, este museu tem um restaurante que é simplesmente divinal. Um espaço muito bonito e acolhedor e comida deliciosa. Saboreei um buffet que inclui várias entradas, um prato de peixe, um prato de carne e diversas sobremesas.
E antes de me “pôr a caminho” de casa, tive a sorte de ver dois majestosos cães da serra. Confesso que nunca tinha visto um assim tão grande. Gostava mesmo de os levar para casa, mas eram bem maiores que o meu sofá.
E assim terminou a minha visita à Serra da Estrela. Dois dias que passaram a voar, mas que me proporcionaram momentos únicos, junto da natureza, algo que tanto aprecio. Percebi, também, que o nosso país tem muitos tesouros escondidos e que, cada vez mais, os quero descobrir.